A Casa de Pedra, edificação anexa ao Museu ao ar Livre Princesa Isabel, em Orleans está entrando no último mês das obras de restauro. O assoalho recebeu melhorias, sendo necessário a troca de alguns barrotes e parte do assoalho. Na semana que vem a segunda parte do assoalho será lixado e encerado.
Assoalho conservado
A Casa de Pedra recebeu um sistema de drenagem, com o objetivo de dar escoamento à água, que ficava represada embaixo da edificação, diminuindo a umidade. “Conseguimos reaproveitar 95% do assoalho”, garante o técnico de restauro José Antonio Benedet. Segundo ele, ainda foi necessário trocar 10 barrotes, que estavam danificados.
O assoalho, segundo José, precisou ter os pregos afundados na madeira, depois rebatidos e preenchidos com massa. “Depois lixamos, passamos hidro-repelentes e cupinicida”, explica o procedimento, que ainda ganhou duas demãos de cera.
O local recebeu cerca de 60 metros de dreno de 150 milímetros de diâmetro, além de aplicação de manta geotêxtil para filtragem de material sólido. Os tubos de drenagem perfurados, conhecidos também como drenagem francesa.
Edital Elisabete
A diretora do museu Valdirene Böger Dorigon, explica que a realização da obra é resultado do projeto aprovado no edital Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura, na categoria Patrimônio e Paisagem Cultural, com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Cultura. O valor do prêmio é de R$ 30 mil, que a Fundação Educacional Barriga Verde (FEBAVE), mantenedora do Museu, recebeu em 2020.
Segundo ela, o projeto visa conservar o patrimônio arquitetônico. “Estamos estabilizando o agente de degradação, que por consequência vai preservar o acervo museológico, arquivístico e bibliográfico, salvaguardado no local”, comentou Valdirene.
Na Casa de Pedra estão documentos, objetos, mobílias, vestuários, livros raros, fotografias, artesanatos e outros bens que pertenceram aos indígenas e aos colonizadores da região. Parte do acervo é tombado em nível federal e estadual.