O filme “Azambuja: A Imigração Italiana no Sul de Santa Catarina”, gravado no Museu ao Livre Princesa Isabel, em Orleans, será exibido na Itália, no mês que vem. Serão pelo menos oito exibições privadas, em sete cidades diferentes. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (25/3), durante a exibição fechada do filme no Centro de Vivências do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), para autoridades e colaboradores da Instituição.
O filme, que tem direção geral de Josué Genuíno, será exibido duas vezes na cidade de Gênova, na inauguração do Museu Nazionale dell’Emigrazione Italiana (MEI); em Valdobiadenne; em Veneza na universidade, Treviso, Padova, Castelfranco e em Roma, em visita a embaixada.
Na delegação que vai ao velho continente, estão o reitor do Unibave, Guilherme Valente; e o Museólogo do Unibave, Idemar Ghizzo; o presidente da FECAM e prefeito de Orleans, Jorge Koch; o produtor do filme Azambuja, Sandro Pagnan; o presidente do CDL de Orleans, Marcelo Alexandre Dalazen, e a presidente do Comitato Dante Alighieri de Tubarão e Região (CODATUR), Fabiola Cechinel. Eles partem dia 8 de abril para Itália e tem previsão de retorno ao Brasil no dia 21.
Ontem, antes da exibição aos convidados, o reitor comentou que é uma honra para a Instituição ter contribuído com o filme. “Para nós é uma honra estar participando. Agradecemos à equipe responsável pela oportunidade e também a todos por estarem aqui presentes. Desejo que todos que assistam tenham uma boa reflexão a respeito do filme, que não tem romantismo. Trata-se da realidade e por isso é uma verdadeira aula”, afirmou o reitor do Unibave, Guilherme Valente de Souza.
Sobre o filme
Azambuja mistura depoimentos com cenas dramatizadas, gravadas em nove municípios. A exibição de Orleans foi a segunda sessão de pré-estreia. A primeira ocorreu em Araranguá, em dezembro de 2021. O filme teve ampla pesquisa elaborada no Centro de Documentação Histórica Plínio Benício (Cedohi), anexo ao Museu.
O filme tem participação de colaboradores do Unibave, como a diretora de Cultura, Edina Furlan, que interpreta algumas cenas. A pesquisa foi realizada pelo museólogo Idemar Ghizzo e pela diretora do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, Valdirene Böger Dorigon, que também contribuíram com depoimentos no filme.
O produtor do filme, Sandro Pagnan, explica que o nome do filme surge de como era chamado a primeira colônia a receber os imigrantes europeus. “Todos, entre Laguna até o Rio Grande do Sul, passaram por Azambuja. Muita gente não sabia que era assim, mas a realidade foi essa. Quem é descendente de italiano vai descobrir o que os seus antepassados passaram nesta jornada. O filme traz lembranças”, afirma.
A atriz Doriana Burigo, que fez uma “nona” no filme, revela que deu aula de teatro para o diretor do filme, Josué Genuíno, e que não teve oportunidade de conviver com os avôs. “Mas convivia com meus primos e com avós deles. Com as pesquisas dos filmes fica mais fácil de compreender as questões com a comida à época. Porque não podia deixar comida no prato, depois de todo o sofrimento que eles passaram”, comenta Dori. Segunda ela, o filme tira a versão romantizada da imigração.
Azambuja deve participar de alguns festivais antes de ser aberto ao público. A produção também planeja um roteiro de exibições nos municípios onde foram rodadas as cenas. “Vão acontecer eventos de exibição nas cidades onde foi gravado, provavelmente durante as festas”, revela Josué.