Esculturas do Paredão passam por manutenção e limpeza

27 de junho de 2024

As Esculturas do Paredão, em Orleans, obras mantidas pelo Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), por meio do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, passaram, nesta quinta-feira (27/06), pela primeira etapa de conservação. Os técnicos da Instituição aplicaram produtos inibidores de vegetação, etapa necessária para conter as ervas daninhas, líquens, musgos e limo, existentes nas esculturas.

Todo o trabalho foi realizado com acompanhamento de técnicos e com auxílio de um caminhão guindaste, já que as obras ficam a mais de 20 metros de altura. A Rua Etienne Stawiarski esteve fechada durante toda a manhã por segurança. A segunda etapa será realizada em, aproximadamente, um mês, com a remoção da vegetação seca, poda e limpeza geral da rua.

Conforme o conservador e restaurador de bens culturais do Museu ao Ar Livre, Idemar Ghizzo, a ação é necessária para que a vegetação esteja seca e aí depois realizar uma ação mecânica de remoção da vegetação. “Remover a vegetação sem as raízes estarem secas pode danificar a superfície do relevo das esculturas, pois as raízes estão fixadas nas microfissuras da rocha”, destaca.

Todo o trabalho para conservação das esculturas do paredão é realizado anualmente em parceria entre o Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), Museu ao Ar Livre Princesa Isabel e a Prefeitura de Orleans, por meio dos departamentos de Cultura e Turismo.

Sobre o Paredão

A ideia de esculpir o paredão nasceu em 1977, e o projeto inicial previa 26 painéis. A obra iniciou em 1980 e foi paralisada em 1987. O Padre João Leonir Dall’Alba, fundador da Fundação Barriga Verde (Febave), mantenedora da Unibave, contratou o artista Zé Diabo para fazer a obra. Em 1984, um convênio com a Fundação Catarinense de Cultura até chegou a colaborar com a obra, mas, por falta de verbas, os trabalhos foram paralisados.

As Esculturas do Paredão localizam-se às margens do Rio Tubarão, na Rua Ethienne Stawiarski, em Orleans. Os painéis são esculpidos na rocha, que variam entre 3 e 10 metros quadrados. Cada painel traz a representação de uma passagem bíblica: Primeira Missa no Brasil, Catequese dos Índios, Criação do Homem, Sacrifício de Abraão, Passagem do Mar Vermelho, Templo de Rei Salomão, Dois últimos Profetas do Antigo Testamento, Anunciação e Nascimento de Cristo. A obra foi esculpida pelo artista contratado pela Instituição, e a visitação é gratuita ao público.

 

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O Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é mantido pela Fundação Educacional Barriga Verde - FEBAVE